terça-feira, 23 de agosto de 2011

Resenha: Streetlight Manifesto em São Paulo

Uma das principais bandas de ska da 3ª onda esteve presente em São Paulo nesse fim de semana. É lógico que estamos falando do Streetlight Manifesto, que veio ao Brasil pela primeira vez e arrastou os fãs para o Estúdio Emme. Quem conta como foi esse show é a Maria Binx, ex-trombonista da banda Extra Stout. As fotos são do Bruno Massao. Pra ver todas as fotos (incluindo do Mantis e do Abraskadabra) é só colar no Flickr do Skataplá.

Streetlight Manifesto no Estúdio Emme - Por Maria Binx

Sábado de frio e garoa chata em São Paulo, mas uma noite especial para todos os fãs do Streetlight Manifesto, que assim como eu, esperavam há anos pela oportunidade de vê-los ao vivo. O clima era de ansiedade. Não conhecia o Estúdio Emme em Pinheiros, mas achei o espaço bem legal, com o palco do tamanho ideal para uma banda numerosa.

A noite começou com a banda Mantis de Sorocaba (ex-The Sams Hardcore Orchestra) e suas composições claramente inspiradas na atração principal da noite. O que incomodou foi a regulagem do som: o microfone do trompete acabou encobrindo os outros metais. Quando foi a vez dos curitibanos do Abraskadabra, o som estava melhor e as músicas com uma pegada meio Reel Big Fish até animaram uma turma para dançar.

Como prometido, às 21 horas em ponto começou a movimentação para o Streetlight Manifesto subir ao palco. Após alguns minutos de dificuldade técnicas na guitarra do frontman, Tomas Kalnoky, o show começa com "Watch it Crash" e a casa inteira pulando. O setlist foi bem equilibrado entre músicas do primeiro album, "Everything goes Numb", e do último de músicas inéditas, "Somewhere in the Between". Tocaram "That’ll be the day", "We will fall together", "Down Down Down to Mephisto’s Café", "Failing/Flailing", "Would you be Impressed?", e "Forty Days".

Do meio para o final vieram as músicas mais antigas, como "A better place/A better time", e um medley de "Keasbey Nights e Point/Counterpoint", com os refrões atropelados que todos conheciam bem e cantaram em coro. O ponto alto da noite foi "A moment of silence" seguida de "A moment of violence", a combinação perfeita. Em seguida, "A Call to Arms" introduziu "Here’s to Life", assim como no EP do Bandits of Acoustic Revolution, outra banda do Tomas que toca versões acústicas do Catch 22 e do Streetlight.

A banda sai, a galera pede bis e ganha apenas um: a última da noite é "Somewhere in the Between". Os comentários que ouvi é de que ficaram faltando "Everything went numb" e talvez algum cover do álbum "99 Songs of Revolution". O que eu iria mesmo gostar de ouvir é "Punk Rock Girl" do Dead Milkmen ou "Linoleum" do NOFX. (Nota do Redator - Eu gosto mais de "Just" do Radiohead).

Se alguém tinha dúvidas de que o Streetlight não dava conta de tocar ao vivo, não se engane: vocais (incluindo o backing que ouvimos no CD), banda (o baixo frenético), e o naipe de metais impecável. Tudo foi perfeito. A banda de New Jersey não deixou a galera desanimar nem por um minuto e encerraram o show com a promessa de que voltariam em um ano. Estaremos lá!

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