Skataplá #51

A parada é a seguinte: eu perdi o programa #50 no meu computador, nosso sonoplasta está de férias e como eu não quero que vocês fique mais uma semana sem ouvir um Skataplá inédito, decidi liberar logo o #51 (boa ideia, não? #tudumpsh).

Esse foi mais um Skataplá que eu tive de apresentar sozinho, já que o Gui Mosaner estava viajando. E foi também o primeiro de muitos programas comemorativos de 1 ano do Skataplá. No set do programa, o novo projeto do Kevin Batchelor do Skatalites, novos sons das bandas brasileiras Superchaiz e Pick It Up's e ainda um especial sobre os argentinos do Dancing Mood, que passaram pelo Brasil mandando MUITO bem (a resenha desse show você pode ler aqui).

Skataplá #51 - Download aqui

Kevin Batchelor's Grand Concourse - Five Minutes (Live)

Streetlight Manifesto - Forty Days

Tokyo ska Paradise Orchestra - Utsukushiku Moeru Mori

Bruno Mars - Lazy song

Raimundos - Me lambe (Ao vivo)

Superchaiz - O bar

Paralamas do Sucesso - O homem

Pick It Up's - Sweet dreams (Eurythmics)

Wisecracker - Master Of Puppets (Metallica)

Five Iron Frenzy - Sweet Talkin' Woman (Electric Light Orchestra)

Dancing Mood & Mariano Castro - You baby

Dancing Mood - A night in Tunisia

Dancing Mood & Karen Freitas - Just Don't Want To Be Lonely

Skataplá no Scream & Yell

Sabe tudo aquilo que você SEMPRE quis saber sobre o Skataplá? Por exemplo, como o programa começou, como foi a mudança da rádio pra internet, e outras dúvidas do gênero? Pois agora todas essas interrogações serão esclarecidas e transformadas em uma exclamação!

Eu, Denis Romani, bati um papo via email com o Marcelo Costa, editor do Scream & Yell, um dos principais blogs/sites de música independente do país, com mais de 10 anos de estrada. Essa troca de mensagens virou uma entrevista gigantesca que você pode conferir nesse link aqui.

Espero que gostem do resultado. Aproveitem e dêem uma fuçada pelo resto do site. Pra quem gosta de (bons) textos longos que saem da mesmice, o blog é uma excelente pedida. Aproveite para seguir também o @screamyell no Twitter.

Resenha: Skarraiá no Hangar 110

Misturar ska com uma festa junina. Quem teria uma ideia de jerico como essa? O pessoal do Sapo Banjo, lógico! Depois do tradicional Skarnaval e do falido Skalloween, os caras criaram o Skarraiá, um festival com bandas de ska no palco e músicas de um típico "arraiá" na vitrola. Os convidados da noite foram Nokaos, Parachamas, Stop Four e Rusty Machine, além dos anfitriões da noite. Todos devidamente vestidos a caráter. Para ver todas as fotos, só ir lá no Picasa da fotógrafa Juliana Ribeiro.

A banda Nokaos foi a responsável por abrir a noite e mostrou mais uma vez porque é uma das melhores bandas de skacore da cena atualmente. O grupo hoje em dia é praticamente uma orquestra, com 10 músicos no palco (sendo 5 metais). Mesmo em um show curto, os 10 malucos colocaram os presentes pra pular ao som de músicas do primeiro EP, como "Rotina" e "Doidera". E ainda mostraram um som novo, "Qual o nome dela?", no qual a banda está trabalhando em um single (que teve a gravação adiada devido a um acidente "futebolístico" sofrido pelo guitarrista Eric).

Em seguida foi a vez do Parachamas, grupo que abandonou Blumenau para se arriscar na selva de pedra paulista. Apesar de não ser exatamente uma banda de ska, o quarteto rockeiro traz algumas influências da música jamaicana em alguns sons, como na canção "Ultrabranco" (que aliás, encerrou o show). O set list foi baseado no segundo EP da banda, chamado "Volte sempre", e causou uma estranheza no público que esperava por mais uma banda de ska. Mesmo sem ter aderido ao visual caipira, o grupo ainda conseguiu agitar os presentes com uma sessão de covers de Tim Maia. Pra quem gostou, uma novidade: o Parachamas prepara um show-tributo completo, apenas com canções do eterno "síndico".

Curiosamente, o show mais esperado da noite não encerrou a festa. Os anfitriões do Sapo Banjo se colocaram no meio das outras bandas e fizeram a alegria do público. Começaram com um clássico: "Evolução". Dali pra frente foi uma porrada atrás de outra, sem nem ter tempo pra respirar. Comemorando 15 anos de carreira, os paulistas prepararam um set especial com músicas "remendadas". De "Rude boy" a "Skatatarrone", passando pela famosa "Skataplá", que dá nome ao programa/blog que vocês já conhecem muito bem. Os famosos ska-covers também estiveram presentes, como "Me lambe" do Raimundos e "Sonífera ilha" dos Titãs.

A grande surpresa foi a ausência do trompetista Felipe Pipeta (que estava em turnê com a OBMJ), e foi substituído com maestria pelo trompetista Asnésio, que coincidentemente, já tocou na banda há 11 anos e foi um dos responsáveis pela ida de Pipeta ao Sapo Banjo. Com um vestido de noiva, Asnésio dividiu as palhaçadas e brincadeiras com o vocalista Mau (o noivo, será?). O show terminou como um tradicional show do Sapo: com a versão ska do samba "Trem das onze".

Depois do concurso que premiou a melhor fantasia da noite (entregue pelo Romani que vos escreve para um caipira de vestido que você pode ver nesse link aqui), foi a vez da banda Stop Four. Com pouco mais de um ano de estrada, o grupo de Americana é liderado pelo vocalista Álamo, que já passou pelos microfones do Rusty Machine e do Maleducados. Apesar da "pouca idade", a banda já tem seus fãs, que cantaram sons como "Só por você", "Filhinha do papai" e "Não pense em me perder". Além do visual, o Stop Four entrou no clima até mesmo na música. Mandou ver um ska-sertanejo de composição própria chamado "Ela não vai amar você" e ainda surpreendeu a todos com um cover de "Ainda ontem chorei de saudade" da dupla João Mineiro & Marciano.

Por último, mas não menos importante, eis que subiu ao palco a banda Rusty Machine, também de Americana. As duas bandas aproveitaram a "dobradinha" da cidade interiorana pra arrastarem alguns fãs pro Hangar 110, o que garantiu a presença de um bom público na casa até o fim do festival. Com uma pegada mais 2-tone, a banda contou com a participação de Natália Motta, guitarrista do Stop Four (e a única mulher a passar pelo palco em todo o festival) fazendo as vezes da percussão, e tocou músicas que já são sucessos em seus shows, como "Mulher interesseira" e a divertidíssima "Emo boy". Pra encerrar o festival em grande estilo, dois clássicos do ska colocaram todos pra dançar, inclusive aqueles que já estavam sentados e cansados de tanto pular: "Monkey man" e "Enjoy yourself". Resultado no dia seguinte: pernas doendo, muita ressaca, mas a certeza que esse foi um dos festivais de ska mais divertidos do ano.

Promoção: Streetlight Manifesto em São Paulo

Um dos maiores nomes do skacore da atualidade, o Streetlight Manifesto, já está de passagens compradas para o Brasil. O grupo de New Jersey toca no Estúdio Emme em São Paulo no dia 20 de agosto, com abertura das bandas Abraskadabra (PR) e Mantis (SP). E mais uma vez, o Skataplá vai te arranjar essa boiada na faixa, em parceria com a produtora Webrockers.

Quer concorrer a um par de ingressos pra ver essa grande festa? É muito simples. Basta seguir o @Skatapla no Twitter e publicar a seguinte frase na sua timeline:

Eu quero ver Streetlight Manifesto de graça em São Paulo com o @Skatapla: http://kingo.to/Iz9

Mas se você é MUITO fã da banda e não se contenta apenas em ver o show, nós temos outra promoção pra você. Dessa vez o prêmio inclui um par de ingressos para o show e uma oportunidade de conhecer os integrantes do SM no camarim (sem acompanhante). Você vai poder tirar fotos, pegar autógrafos e trocar uma ideia de boa com os seus ídolos. Pra isso, basta nos convencer. Mande um email pra skatapla@skatapla.com.br respondendo: "Por que nós devemos levar VOCÊ pra conhecer o Streetlight Manifesto?". Não esqueça de mandar seu nome completo, cidade e telefone.

O resultado das promoções sai aqui no blog do Skataplá no dia 16 de agosto. Se o vencedor for de fora de São Paulo, o programa não se responsabiliza pela locomoção e hospedagem, então só participe se você tiver MESMO como ir. E enquanto o show não chega, fiquem com uma prévia do que você vai perder se não participar das promoções:

Skataplá #49 (com Thiago DJ)

Há alguns semanas, o Skataplá recebeu mais um convidado especial: Thiago DJ, o organizador da Ska-Funk, uma das principais festas de ska de São Paulo. Além de ser DJ, músico, produtor cultural e mais uma porrada de coisas, ele também comanda o programa de rádio que dá nome à festa, transmitido todo sábado, às 7 da noite pela webradio K-Tunes. Como o próprio nome já diz, o programa toca o melhor da música jamaicana, groove, hip-hop old school e brasilidades.

Pra conhecer um pouco mais sobre a festa e sobre o programa Ska-Funk, basta ouvir o Skataplá abaixo. Mais do que nunca, o programa foi um bate-papo descontraído sobre pessoas que gostam MUITO de música. E o melhor de tudo: o Thiago DJ fez um set especial pra gente, com as canções mixadas umas nas outras. Coisa fina!

Skataplá #49 (com Thiago DJ) - Download aqui

Dub Pistols - Problem is

Mungos Hi-Fi - Belly ska riddim

The Aggrolites - Reggae wonderland

The Spankers - Superman

The Specials - Gangsters

311 - I'll be here awhile

Arpioni - Figlia unica (Demônios da Garoa)

Commom Sense - Hey Joe (Jimi Hendrix)

Toots & the Maytals - Higher ground (Stevie Wonder)

Wizo - All that she wants (Ace of Base)

King Rassan Orchestra - O sol nascerá

Pinguins Tropicais - Solidão no gelo

Peixoto & Maxado - Die in vain

Os Paralamas do Sucesso - O beco

Orquestra Brasileira de Música Jamaicana - Carinhoso

Família Gangsters mostra rotina de carroceiros de São Paulo em novo clipe

A banda Família Gangsters acaba de lançar o novo clipe: "Reciclar você" é primeiro single do álbum "Regionawave", com lançamento marcado para esse semestre. Dirigido por André Leon Mosditchian e Mauro Moreira, o vídeo conta também com a arte do grafiteiro Mundano, e faz uma homenagem aos carroceiros da cidade de São Paulo.

O grande astro do clipe é Marcelão, um dos mais de 20 mil carroceiros de São Paulo, e um dos 127 que carregam a arte de Mundano pela cidade. A música do trio paulistano é usada como trilha-sonora para o cotidiano desses profissionais. E a letra da canção ajuda a ilustrar o dia-a-dia de Marcelão, da hora de levantar até o momento de receber o dinheiro batalhado em meio às péssimas condições de trabalho: "Precisar, querer. Consumir, render. Trabalhar, reciclar você. Transformar, viver. Enfrentar e sempre semear".

Assista ao clipe de "Reciclar você" abaixo. Se quiser conhecer mais sobre o Família Gangsters, só visitar o site oficial da banda. O trio está na estrada desde 2005, misturando sons como o ska, o dub jamaicano e o rock. Além disso, a banda é conhecida na noite paulistana por fazer um excelente show-tributo ao Sublime.

Resenha: Dancing Mood em São Paulo

Na última sexta-feira o palco do Bleecker Street, em São Paulo, foi invadido pelo ska-jazz instrumental do Dancing Mood. Pra contar pra vocês como foi esse show, ninguém melhor que um cara que entende bastante de ska instrumental: Victor Fão, trombonista das bandas Ba-Boom e Pinguins Tropicais. As fotos ficaram por conta do Bruno Massao. Pra ver outras fotos desse show, só ir lá no Flickr do Skataplá.

Dancing Mood no Bleecker Street - Por Victor Fão

Existem alguns shows gringos que são

imperdíveis e sabe-se lá quando teremos a chance de ver novamente. Para todo amante da música jamaicana, com certeza, o show do Dancing Mood é um deles.

Era pouco mais de uma da manhã. O palco estava montado , a casa cheia e as primeiras notas começavam a ecoar no Bleecker Street. Catorze músicos lotavam o palco, e muito a vontade, começaram a tocar afinadíssimos. Nesse momento já dava pra ter certeza da diversão que a noite proporcionaria e de que ninguém conseguiria ficar parado. Dançar era inevitável.

Durante toda a noite, a banda misturou temas próprios com releituras de clássicos do jazz e do ska. Entre elas, "Take five" (Dave Brubeck), "Night in Tunisia" (Dizzy Gilespie), "Latin goes Ska" e "Confucious" (Skatalites) e a belissima e bem-humorada versão de "Fantasy" do Earth, Wind& fire (com certeza você se lembra desse som. Compare a versão original com o cover do Dancing Mood).

O clima da festa só esquentava a cada solo ou momento de improviso, que diga-se de passagem, eram riquissímos harmonicamente e tecnicamente. A galera ia ao delírio e cantava junto os arranjos de sopro dos temas mais conhecidos.

Após quase 2 horas, o show foi chegando ao fim, com Hugo Lobo (trompetista e porta-voz da banda) convocando todos a fazerem o famoso trenzinho, que passeou pela pista do Bleecker, deixando todos com um pique pra muito mais.

O Dancing mood representou muito bem em São Paulo, e mostrou porque a Argentina é uma das grandes potências do ska e da música jamaicana no mundo. A banda deixou todos boquiabertos com a qualidade técnica e o "feeling" dos músicos, ao fazer um show completíssimo e perfeito do início ao fim.