quinta-feira, 14 de julho de 2011

Resenha: Skarraiá no Hangar 110

Misturar ska com uma festa junina. Quem teria uma ideia de jerico como essa? O pessoal do Sapo Banjo, lógico! Depois do tradicional Skarnaval e do falido Skalloween, os caras criaram o Skarraiá, um festival com bandas de ska no palco e músicas de um típico "arraiá" na vitrola. Os convidados da noite foram Nokaos, Parachamas, Stop Four e Rusty Machine, além dos anfitriões da noite. Todos devidamente vestidos a caráter. Para ver todas as fotos, só ir lá no Picasa da fotógrafa Juliana Ribeiro.

A banda Nokaos foi a responsável por abrir a noite e mostrou mais uma vez porque é uma das melhores bandas de skacore da cena atualmente. O grupo hoje em dia é praticamente uma orquestra, com 10 músicos no palco (sendo 5 metais). Mesmo em um show curto, os 10 malucos colocaram os presentes pra pular ao som de músicas do primeiro EP, como "Rotina" e "Doidera". E ainda mostraram um som novo, "Qual o nome dela?", no qual a banda está trabalhando em um single (que teve a gravação adiada devido a um acidente "futebolístico" sofrido pelo guitarrista Eric).
Em seguida foi a vez do Parachamas, grupo que abandonou Blumenau para se arriscar na selva de pedra paulista. Apesar de não ser exatamente uma banda de ska, o quarteto rockeiro traz algumas influências da música jamaicana em alguns sons, como na canção "Ultrabranco" (que aliás, encerrou o show). O set list foi baseado no segundo EP da banda, chamado "Volte sempre", e causou uma estranheza no público que esperava por mais uma banda de ska. Mesmo sem ter aderido ao visual caipira, o grupo ainda conseguiu agitar os presentes com uma sessão de covers de Tim Maia. Pra quem gostou, uma novidade: o Parachamas prepara um show-tributo completo, apenas com canções do eterno "síndico".

Curiosamente, o show mais esperado da noite não encerrou a festa. Os anfitriões do Sapo Banjo se colocaram no meio das outras bandas e fizeram a alegria do público. Começaram com um clássico: "Evolução". Dali pra frente foi uma porrada atrás de outra, sem nem ter tempo pra respirar. Comemorando 15 anos de carreira, os paulistas prepararam um set especial com músicas "remendadas". De "Rude boy" a "Skatatarrone", passando pela famosa "Skataplá", que dá nome ao programa/blog que vocês já conhecem muito bem. Os famosos ska-covers também estiveram presentes, como "Me lambe" do Raimundos e "Sonífera ilha" dos Titãs.

A grande surpresa foi a ausência do trompetista Felipe Pipeta (que estava em turnê com a OBMJ), e foi substituído com maestria pelo trompetista Asnésio, que coincidentemente, já tocou na banda há 11 anos e foi um dos responsáveis pela ida de Pipeta ao Sapo Banjo. Com um vestido de noiva, Asnésio dividiu as palhaçadas e brincadeiras com o vocalista Mau (o noivo, será?). O show terminou como um tradicional show do Sapo: com a versão ska do samba "Trem das onze".
Depois do concurso que premiou a melhor fantasia da noite (entregue pelo Romani que vos escreve para um caipira de vestido que você pode ver nesse link aqui), foi a vez da banda Stop Four. Com pouco mais de um ano de estrada, o grupo de Americana é liderado pelo vocalista Álamo, que já passou pelos microfones do Rusty Machine e do Maleducados. Apesar da "pouca idade", a banda já tem seus fãs, que cantaram sons como "Só por você", "Filhinha do papai" e "Não pense em me perder". Além do visual, o Stop Four entrou no clima até mesmo na música. Mandou ver um ska-sertanejo de composição própria chamado "Ela não vai amar você" e ainda surpreendeu a todos com um cover de "Ainda ontem chorei de saudade" da dupla João Mineiro & Marciano.

Por último, mas não menos importante, eis que subiu ao palco a banda Rusty Machine, também de Americana. As duas bandas aproveitaram a "dobradinha" da cidade interiorana pra arrastarem alguns fãs pro Hangar 110, o que garantiu a presença de um bom público na casa até o fim do festival. Com uma pegada mais 2-tone, a banda contou com a participação de Natália Motta, guitarrista do Stop Four (e a única mulher a passar pelo palco em todo o festival) fazendo as vezes da percussão, e tocou músicas que já são sucessos em seus shows, como "Mulher interesseira" e a divertidíssima "Emo boy". Pra encerrar o festival em grande estilo, dois clássicos do ska colocaram todos pra dançar, inclusive aqueles que já estavam sentados e cansados de tanto pular: "Monkey man" e "Enjoy yourself". Resultado no dia seguinte: pernas doendo, muita ressaca, mas a certeza que esse foi um dos festivais de ska mais divertidos do ano.


8 comentários:

  1. Que Da hora!!!! e eu não fui ¬¬ ..... ainda bem que sempre tem uma festa Ska!! .. por falar nisso a próxima é??

    To Precisando!!!!

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  2. verdade, tem uma newsletter do Skataplá? Sei que é antiquado mas ajuda a lembrar dos programas e das festas...

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  3. Faltou falar q a unica mina do palco tbem cantou o clássico "You´re wondering now..." com sua banda, ótimo momento do show!!!

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  4. Massa!!! Valeu Denis, vc é lindo!!

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  5. Porra, Álamo! Isso é comentário que se faça? hahahahaha

    E Juliano, newsletter não tem. Mas se vc seguir o twitter e curtir o perfil no Facebook, vc sempre vai ficar sabendo das notícias que a gente posta aqui (e muitas outras)

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  6. falta bandas do interior paulista aii nehh :D

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